Engenharia reversa

Falamos neste artigo de uma tecnologia que pode reproduzir exatamente: peças, objetos, cavidades, componentes de máquinas e superfícies avançadas. Esta tecnologia é chamada: Engenharia Reversa.

A Engenharia Reversa permite obter modelos 3D de componentes e objetos cuja documentação técnica não está disponível, seja ela arquivos CAD 3D ou desenhos 2D, como por exemplo na manutenção de equipamentos industriais antigos cuja documentação se perdeu, este é apenas um exemplo de uma infinidade de aplicações. O processo de engenharia reversa pode ser dividido em dois blocos: Digitalização e Modelamento. Na digitalização, uma nuvem de pontos é gerada como resultado da captura de imagens por um moderno e poderoso “scanner 3D”, de vários ângulos e posições do componente. Essa nuvem de pontos é então tratada e transformada em uma superfície poligonal (superfície facetada, triangular – arquivo .stl). Finaliza-se então com o remodelamento CAD e realiza-se a comparação do modelamento CAD (arquivo CAD) com a digitalização (arquivo .stl), gerando uma imagem com a sobreposição dos arquivos e uma escala de cores com a indicação das eventuais diferenças.

É possível realizar a Digitalização 3D de componentes, objetos diversos, cavidades de moldes e partes mecânicas, com elevada precisão (erro total de 0.02mm) através de equipamento para digitalizar ou “scannear” objetos do tamanho de uma “moeda” até um “veículo”, com alta resolução da nuvem de pontos. O equipamento é portátil e um engenheiro de produto especializado pode ir até a planta do cliente, caso as peças não possam ser enviadas ou disponham de tempo limitado para passar pelo processo de Engenharia Reversa. Nestes casos é necessária uma área para circular a peça/molde em seu entorno, com espaço de aproximadamente 1,5 m de raio (para movimentação do tri-pé do scanner).

Depois disso realiza-se o remodelamento CAD e pode-se fabricar as peças sejam elas usinadas ou moldadas, considerando as especificações de material e tratamento da peça caso houver. Agrega-se valor ao processo com a utilização de outras tecnologias 3D, fecha-se então um “Ciclo Tecnológico” que aumenta a precisão e confiança no investimento com ferramentas atuais: como a impressão 3D do modelo (Prototipagem Rápida) para teste visual e análise de volume, antes de elevar ao processo de produção serial de peças, que são mais caros e demorados. Em alguns casos, como o exemplo de peças plásticas pode-se planejar também processos de prototipação após a produção de mock-ups caso haja melhorias e modificações em peças que precisem ser mensuradas e submetidas a testes antes de serem produzidas em série.

Este processo é ideal para geração de arquivos 3D para a manufatura de componentes que não possuem desenhos 2D ou documentação técnica atualizada. Um importante instrumento para Manutenção Industrial, desenvolvimento de produtos e novas aplicações. Permite a nacionalização de componentes com elevada precisão na captura das características do produto de origem. É possível também de acordo com as indicações de clientes aplicar melhorias às peças como atualizações necessárias, novo design, novas características de fixação e otimizações como por exemplo redução de peso, redução da necessidade de outros moldes em montagens, entre outras melhorias.

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